domingo, 5 de abril de 2009

Enfiei o pé na jaca


Literalmente esse fim de semana não fui nada bem.
Sexta-feira fui em um show com meu marido e não resisti e tomei cerveja.
Sábado passei o dia light mas a noite fui convidada pra ir a uma festa a fantasia aniversário de um amigo. Muita comida e muita bebida. Não exagerei na comida mas pra variar bebi muita cerveja.
A cerveja é o meu maior pecado. Adoro sair, curtir e a cerveja acaba fazendo parte. Tenho evitado até de sair pra não beber.

Sei que muita gente sai se diverte e não bebe, eu também já fui assim. Vou tentar ficar o final de semana que vem sem beber.
Não estou vendo resultados, isso está me decepcionando muito. Estou sentindo que meu hormônio T4 está descontrolado, por alguma razão meu organismo não está absorvendo o hormônio sintético direito.
Amanhã tenho retorno com meu endócrino pra levar os últimos exames e espero que ele resolva isso.
Hoje estou bem comportada, o meu marido e alguns amigos estão assando uma carne e tomando cerveja e eu na coca zero.
Amanhã volto a caminhar, meu pé está quase bom. Se Deus quizer amanhã ele vai está 100%.


Eu e meu grande amigo Edvan



Achei essa crônica excelente, faz dias que queria postar pra vocês, saiu na Veja edição 2105
Lya Luft
A mentirosa liberdade

"Liberdade não vem de correr atrás de ‘deveres’ impostos de fora, mas de construir a nossa existência"

Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce colorido. Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.

Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do "ter de". Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorremos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha, e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.
Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspendem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo que eu? Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira ao longo das paredes temos de parecer todos iguais nessa dança de enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude, como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos 80 anos de idade. A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coisas que divisamos, podemos optar com a mínima segurança, conseguimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturidade?

Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou? E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda aguenta os chatos dos pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort?

Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de "deveres" impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.

Lya Luft é escritora

7 comentários:

Anônimo disse...

olá! Numa festa ou saída, é quando comemos mais. E nos doces, nem se fala. as melhoras do pé! beijos

Gezinha® disse...

Essas festas são o grande problema, eu como ñ curto cerveja saio ilesa nessa parte.
Continuemos firmes na luta.
Abraços
Gezinha
http://ideiasdicas.blogspot.com/

Anônimo disse...

Se anima para essa semana então!
beijos

Leilinha.... disse...

Um dos meus maiores e principais pecados e a cerveja.
Sou adepta, me relaxa e me conforta, fico alegre, me distraio.
Mas sei que isso nao agrega nada e ainda me tira do foco.
Tb bebi este final de semana...

Bjs e boa semana semana

maria/andrea disse...

Oi Giiii.
Semana começando e o jeito é recomeçar - SEMPRE.
Esse fim de semana, depois de tanto tempo, acabei enfiando os pezinhos na jaca, hehe.
Acho que fiquei meio revoltada também, pq acabei não vendo o resultado na balança...
Mas, sem problema, pq mesmo que não tenha mudado peso, me sinto mais leve, rsrs.
Não vamos ficar tão encucadas com a balança. Vamos fazer o que puder pra melhorar. O emagrecimento virá com o tempo.
O pé está melhor? Volte a caminhar.
Beijocassssssssss e ótima semana.

Luciana - USA disse...

Oi Gisele, obrigada pela visita.
Realmente, viver nos EUA para quem tem problema com peso é um desafio. Nunca fui magrinha, mas minha vinda para cá me fez engordar 30kg. Aqui é um ótimo caminho para chegar a obesidade. Dpois de algum tempo, tentando e não chegando a lugar algum, parei de tentar e decidir q vou consegui. Comecei a levar a sério e determinar coisas na minha vida. Estou fugindo de toda comida americana q é bem pesada. Eliminei muita coisa da minha alimentação, parei de ter preguiça de fazer comida e estou cuidado mais de mim. Está dando resultado. Os desafios são grandes, mas agora estou preparada para eles.
Venho te visitar sempre agora!
Bjim e boa semana para vc!

Nova mulher. disse...

nossa main...vc é uma loira mto bem resolvida... semana passada estava tão pressionada com esses falsos valores ki surtei pela vontade ser PERFEITA aos olhos dessa sociedade...e decido ki não serei mais vítima!!! jacou? eskeci.... rumo a vitóriaaaa... se é seu sonho e e isso k ivc ker realmente vá a luta...se doe pela causa completamente é preciso disciplina, tempo e dinheiro viu? mais só vá até onde ocnsegue ok? as consekencia viram são frutos ki colhemos mesmo mesmo bjo bjoooooooo ;***********8